O que é IOF e como pagar menos nas compras com cartão

November 20, 2024

Descubra como o IOF afeta suas transações financeiras e veja estratégias simples para economizar

Quando fazemos compras com cartão de crédito, especialmente em transações internacionais ou parceladas, uma das cobranças que aparecem é o IOF. Apesar de ser um imposto presente no dia a dia de muitos brasileiros, ainda há muitas dúvidas sobre como ele funciona e como impacta nossas finanças. 

Nesse sentido, entender o que é IOF e suas aplicações pode fazer a diferença na hora de economizar e usar seu cartão de forma mais estratégica. Neste artigo, vamos explicar como o IOF é cobrado, em quais situações ele incide, e como você pode pagar menos nesse imposto ao fazer suas compras.

O que é IOF?

O IOF, ou Imposto sobre Operações Financeiras, é um tributo federal que incide sobre diversas movimentações financeiras no Brasil. 

Ele foi criado com dois objetivos principais: monitorar e controlar o fluxo de dinheiro no país, e arrecadar recursos para o governo. Embora tenha sido originalmente pensado como um regulador econômico.

No contexto de cartões de crédito, o IOF é cobrado em transações internacionais, operações de crédito e câmbio. Sempre que você faz uma compra no exterior ou usa o crédito rotativo, o IOF está presente. O valor desse imposto pode parecer pequeno, mas, dependendo da frequência e do valor das transações, ele pode impactar bastante o seu orçamento.

Agora que entendemos o que é o IOF de maneira geral, vamos explorar em mais detalhes para que ele serve e como ele afeta nossas transações financeiras.

Para que serve o IOF?

O IOF tem uma função dupla na economia brasileira: ele serve tanto como um regulador econômico quanto como uma ferramenta de arrecadação de impostos. 

  • No papel de regulador, o IOF permite que o governo acompanhe e controle as movimentações financeiras, especialmente em operações de crédito e câmbio. Assim, ao aplicar o IOF, o Estado consegue medir o fluxo de capital no país, o que ajuda a definir políticas econômicas.
  • Por outro lado, o IOF também é uma fonte importante de arrecadação de recursos. Sempre que usamos o cartão de crédito para compras internacionais, fazemos um financiamento ou realizamos câmbio, uma parte do valor da transação vai para os cofres públicos. Isso significa que, além de monitorar a economia, o tributo contribui para o orçamento do governo.

Essa multifunção é o que faz do IOF um imposto estratégico, sendo aplicado em diversos tipos de transações. Agora, vamos ver em detalhes os momentos em que o IOF é cobrado, com exemplos práticos de como ele pode aparecer nas suas transações.

10 momentos em que o IOF é cobrado

O IOF é uma constante em diversas transações financeiras. Ele pode aparecer em diferentes momentos, dependendo da natureza da operação. Abaixo, destacamos algumas situações em que o IOF é aplicado, explicando como ele impacta cada tipo de transação:

1. Compras internacionais com cartão de crédito

Sempre que você usa seu cartão de crédito tradicional para fazer uma compra em moeda estrangeira, o IOF de 4,38% é aplicado. Isso vale tanto para compras físicas no exterior quanto para compras online em sites internacionais. Inclusive, com o cartão global AstroPay, essa taxa é de 0%

A ideia por trás dessa cobrança é compensar a saída de capital do país, já que o dinheiro está sendo utilizado fora do Brasil.

Vale lembrar que  com o cartão AstroPay, você pode fazer compras internacionais com apenas 0,38% de IOF.

2. Pagamento de fatura parcelado com valor mínimo ou atrasado

Se você não consegue pagar o valor total da fatura do cartão de crédito e opta por parcelar, pagar o mínimo, ou atrasa o pagamento, o IOF entra em ação. 

Nesse caso, a alíquota é de 0,38%, aplicada sobre o saldo financiado. Além disso, há uma taxa diária de 0,0082% que incide enquanto o saldo permanece em aberto. E vale lembrar que com o cartão global AstroPay você não tem fatura nem anuidade, e não precisa se preocupar com o IOF neste caso.

3. Saques no cartão de crédito

Sacar dinheiro com o cartão de crédito, seja no Brasil ou no exterior, também gera a cobrança do IOF. Além das taxas normais de saque e juros, você paga 4,38% de IOF para saques internacionais.

No caso de saques realizados no Brasil, a alíquota é composta por 0,38% de taxa fixa e 0,0082% ao dia, limitada a 3%, o que pode resultar em um total de até 6,38% ao longo do ano. 

4. Empréstimos e financiamentos

Quando você contrata um empréstimo ou financiamento, o IOF é cobrado sobre o valor total do crédito concedido. Isso inclui empréstimos pessoais, financiamento de veículos, de imóveis e outras modalidades.

5. Utilização do cheque especial

Sempre que você utiliza o crédito pré-aprovado da sua conta corrente no banco, popularmente conhecido como o limite do cheque especial, o IOF entra em cena. Ele incide no valor utilizado e também se aplica diariamente, enquanto o saldo estiver em aberto.

E veja que interessante: por se tratar de uma conta pré-paga, você sempre precisa ter saldo na sua carteira AstroPay para realizar pagamentos e transferências. Isso te dá mais controle e te deixa livre do cheque especial.

6. Contratação de seguro

Ao contratar seguros - como de vida, automóvel ou residência - o IOF é aplicado sobre o valor do prêmio pago. Essa cobrança é feita de forma automática, embutida no valor do serviço.

7. Compra e venda de moeda estrangeira

O IOF também incide quando você compra ou vende moeda estrangeira, seja para uma viagem ou investimento. A transação em câmbio é tributada, seja em casas de câmbio ou por meio de plataformas online.

8. Resgate de investimentos

Quando você resgata um investimento, como fundos ou CDBs, o IOF é aplicado nos primeiros 30 dias após a aplicação, diminuindo progressivamente até zerar. Isso significa que quanto mais cedo você resgatar o investimento, maior será a incidência dessa tributação.

Com a conta AstroPay você tem rendimento diário de 115% do CDI livre de cobrança de IOF. Você pode movimentar seu dinheiro onde e quando quiser, aproveitando seus rendimentos.

9. Títulos e valores mobiliários

A compra e venda de títulos e valores mobiliários, como ações e títulos do governo, também estão sujeitas à cobrança do IOF em determinadas situações, como operações de curto prazo.

10. Transferências internacionais

O IOF é cobrado nas transferências internacionais, tanto para contas próprias quanto para terceiros. A alíquota varia conforme o destinatário da transferência: para contas de terceiros, o imposto é mais baixo, enquanto para transferências para contas do próprio titular, a taxa é maior.

Mas, aqui vai uma boa notícia: com a AstroPay, você pode fazer transferências internacionais gratuitas entre usuários da plataforma, de maneira rápida e sem burocracia.

Taxas IOF

As taxas do IOF variam de acordo com o tipo de transação financeira. Em compras com cartão de crédito, o IOF pode ser aplicado em diferentes momentos e valores. Vamos entender melhor como essas taxas funcionam:

  • Compras internacionais: 4,38%;
  • Pagamentos de fatura com atraso ou valor mínimo: 0,38% + 0,0082% ao dia;
  • Saque com cartão de crédito no exterior: 4,38%;
  • Saque com cartão de crédito no Brasil: 0,38% de alíquota fixa + 0,0082% ao dia (limitado a 6,38% ao ano);
  • Financiamentos (exceto imóveis residenciais) e uso do cheque especial: 0,38% + 0,01118% ao dia;
  • Seguro de vida: 0,38%;
  • Seguro de saúde: 2,38%;
  • Seguro de bens: 7,38%;
  • Compra e venda de moeda estrangeira em dinheiro: 1,1% sobre o total;
  • Investimentos: 0,38%, com um acréscimo de 0,0082% ao dia para as pessoas físicas e 0,0041% para PJ;
  • Transferências internacionais: 1,1% se for para você mesmo, e 0,38% se for para outra pessoa.

Cada uma dessas taxas afeta diretamente o custo final das transações, e entender suas diferenças é fundamental para quem usa o cartão com frequência, seja em compras nacionais ou internacionais.

Vale lembrar que com o cartão global AstroPay você tem apenas 0,38% de IOF para compras internacionais.

O que significa IOF de financiamento?

Primeiramente, vale a pena destacar a diferença entre empréstimo e financiamento. Embora o IOF esteja presente nas duas situações, elas têm conceitos diferentes. E justamente por isso, a incidência do tributo nesses casos também tem algumas distinções.

De maneira simples, funciona assim: o empréstimo é um valor em dinheiro creditado pelo banco para que o cliente use como quiser. E sobre empréstimos, há a incidência do IOF. O limite do cheque especial, que citamos no tópico anterior, é um exemplo desse tipo de crédito cujo tributo se aplica.

Já o financiamento é um valor em dinheiro emprestado pelo banco para que o cliente use com a compra de algo específico. Por isso, o montante é repassado diretamente para o vendedor. Por exemplo, o financiamento de um imóvel ou de um carro: o banco aprova o financiamento e passa o dinheiro para a imobiliária ou a concessionária. O cliente, por sua vez, paga as parcelas para o banco.

Mas no caso dos financiamentos, há algumas particularidades sobre o IOF.

O primeiro ponto é que financiamentos imobiliários são isentos de IOF quando o imóvel em questão será de uso residencial e está sendo adquirido por pessoa física. Embora esse tipo de crédito tenha outras taxas e juros, o Imposto sobre Operações Financeiras não é um dos custos.

Outro detalhe é que o IOF se aplica sobre o valor que foi financiado. Ele incide no momento em que o crédito é liberado e é adicionado ao Custo Efetivo Total (CET) da operação, que engloba todos os encargos -  como juros e taxas administrativas. Em outras palavras, ao contratar um financiamento, o IOF é calculado sobre o valor total do crédito. 

A alíquota também varia de acordo com o tipo de cliente (se é pessoa física ou jurídica) e o prazo do financiamento. Para pessoas físicas, por exemplo, a taxa é composta por uma alíquota fixa de 0,38% sobre o valor financiado, mais uma taxa diária de 0,01118% que é calculada até o prazo final do pagamento.

Isso significa que o IOF vai sendo acumulado ao longo do tempo, de acordo com o período de pagamento das parcelas. Quanto maior o prazo do financiamento, maior será o montante de IOF pago.

Inclusive,  essa é uma das principais razões pelas quais os financiamentos podem ser mais caros do que outras formas de crédito, como os empréstimos à vista. 

Assim, quem busca financiar um bem ou serviço, deve sempre considerar o impacto do IOF no valor final da operação.

Então, como você pode perceber, o IOF no financiamento tem diversas nuances. Por isso, sempre  vale a pena aprofundar a sua análise sobre tudo que está sendo cobrado no contrato com o banco, antes de assinar o financiamento de um bem.

O que é IOF diário

O IOF diário nada mais é do que a cobrança do imposto que incide sobre operações de crédito, como o uso de cheque especial ou financiamento de fatura de cartão de crédito. A alíquota diária de 0,01118% é aplicada sobre o saldo devedor enquanto houver pendência de pagamento.

Isso significa que, a cada dia em que a dívida não for quitada, o valor do IOF aumenta proporcionalmente. Embora a taxa pareça pequena, ao longo do tempo ela pode representar um custo significativo, especialmente em operações com prazos mais longos.

Esse imposto é adicionado ao custo total da operação, tornando o crédito rotativo e o cheque especial opções caras para quem não consegue quitar a dívida rapidamente. Quanto mais tempo você leva para pagar, maior será o IOF acumulado, somando-se aos juros cobrados pela instituição financeira.

Exemplo prático:

Imagine que você utilizou R$1.000 do cheque especial. No primeiro dia, o IOF será de 0,01118% sobre esses R$1.000, o que equivale a R$0,11. 

No entanto, se essa dívida permanecer aberta por 30 dias, o imposto acumulado será de cerca de R$3,35 e somado aos juros que o banco já cobra. Esse valor aumenta a cada dia até que a dívida seja paga. 

Portanto, quanto mais tempo a dívida permanecer em aberto, maior será o IOF acumulado.

Diferença de IOF no cartão e IOF cobrado na conta corrente

O IOF pode incidir de maneiras diferentes, dependendo se a transação é realizada pelo cartão de crédito ou diretamente pela conta corrente.

IOF no cartão de crédito

Conforme você observou até aqui neste artigo, o IOF no cartão de crédito incide principalmente em compras internacionais, parcelamentos e atraso de faturas. 

A alíquota é de 4,38% para compras fora do Brasil, mas também é aplicada uma taxa menor em financiamentos e uso do crédito rotativo. 

Vale lembrar que na AstroPay você tem cartão global com apenas 0,38% de IOF

Leia também: IOF no cartão de crédito - como funciona e dicas para economizar

IOF na conta corrente

Já na conta corrente, o IOF é aplicado quando se faz saques no cheque especial, empréstimos ou ao enviar dinheiro para o exterior. 

Essas operações geralmente têm alíquotas diferentes, como 0,38% para saques no Brasil e uma taxa maior para transferências para contas próprias no exterior.

Portanto, a principal diferença está no tipo de transação. Enquanto o IOF no cartão é mais focado em compras no exterior e parcelamentos, o IOF na conta corrente envolve operações de crédito direto, como empréstimos e uso de limites de conta. 

Entender essa diferença pode ajudar a escolher a melhor forma de pagamento, de acordo com a situação financeira.

Nesse sentido, também é interessante lembrar que é possível fazer transferências internacionais gratuitas entre contas AstroPay, economizando taxas.

IOF de empréstimo no cartão de crédito: como funciona?

Quando você utiliza o cartão de crédito para realizar um pequeno empréstimo - como usar o rotativo ou parcelar a própria fatura - esse tipo de aplicação do IOF entra em cena.

O imposto é cobrado sobre o valor emprestado e incide no crédito concedido para que o pagamento seja realizado em prestações ao longo do tempo. Complicado? Não se preocupe que vamos te explicar.

O IOF nesse tipo de operação tem uma alíquota fixa de 0,38%, além de uma taxa diária de 0,01118%, que vai sendo calculada à medida que o valor financiado é utilizado. 

Isso significa que o IOF não é apenas um valor único — ele se acumula conforme o prazo de pagamento aumenta. Quanto mais tempo você leva para quitar o saldo, maior será a soma do imposto no final.

Por exemplo: se você parcelar uma fatura de R$1.000 em 10 vezes, o IOF será aplicado sobre o valor total e dividido ao longo das parcelas. Além do IOF, você também pagará os juros definidos pela administradora do cartão. Assim, o imposto se torna parte do Custo Efetivo Total (CET).

Em casos como esse, é sempre bom avaliar se parcelar pelo cartão é a melhor escolha. 

Muitas vezes, outras opções de crédito com taxas menores podem ser mais vantajosas no longo prazo. E se o seu objetivo for reduzir custos, entender o que é IOF e como ele impacta suas finanças pode ajudar a tomar decisões mais estratégicas.

IOF em compra online: como funciona

Quando você faz uma compra online em sites internacionais, o IOF é cobrado da mesma forma que em qualquer transação internacional.

Como explicamos no início do artigo, o imposto incide sobre compras feitas em moeda estrangeira, com uma alíquota de 4,38% aplicada sobre o valor total da transação. Isso se aplica independentemente de você estar no Brasil ou fora do país.

Portanto, ao realizar compras online no estrangeiro, tenha em mente que o IOF será adicionado ao valor final, da mesma forma que em compras presenciais no exterior. 

A não ser que você realize as suas operações com seu cartão AstroCard Global, que tem 0,38% de IOF.

Como pagar menos IOF nas compras com cartão?

Embora o IOF seja uma taxa inevitável em algumas situações, existem estratégias que podem ajudar a minimizar o impacto desse imposto. Vamos explorar algumas alternativas:

1. Prefira cartões com IOF reduzido

O cartão global AstroPay oferece 0,38%de IOF para compras no exterior, o que é uma grande vantagem. 

2. Antecipe o pagamento da fatura

Se você utiliza o crédito rotativo ou parcela suas compras, uma maneira de reduzir o IOF acumulado é antecipar o pagamento da fatura. Assim, você evita a cobrança diária do IOF sobre o saldo devedor e ainda economiza nos juros. E como o AstroPay é um cartão global, a fatura não é uma preocupação.

3. Utilize plataformas para transferências internacionais

Se a sua compra envolve transferências internacionais, considere plataformas que oferecem taxas ou IFO reduzidos, como a AstroPay, que permite transferências gratuitas entre usuários. Isso pode ser especialmente útil para quem faz muitas transações com o exterior.

4. Monitore as variações cambiais

Por fim, a taxa de câmbio afeta diretamente o valor final das suas compras internacionais. Monitorar os melhores momentos para comprar pode não eliminar o IOF, mas ajuda a garantir que o custo total seja menor, uma vez que o imposto é calculado sobre o valor em reais.

Como você viu até aqui, entender o que é IOF, como ele funciona e adotar estratégias para reduzir esse imposto pode fazer uma grande diferença nas suas finanças. 

De optar por plataformas que oferecem IOF reduzido a monitorar o câmbio e antecipar os pagamentos, existem várias maneiras de minimizar os custos do imposto ao usar o cartão. 

Com essas dicas, você pode aproveitar ao máximo suas compras, tanto no Brasil quanto no exterior, sem deixar que o IOF pese no seu bolso.

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